Hoje está ocorrendo a consulta popular para verificar se os paraenses querem ou não a criação de dois novos estados, Carajás e Tapajós, resultantes do desmembramento do Pará.
A campanha política ficou entre o regionalismo idiota do NÃO e a vitimização oportunista do SIM, não havendo quase nenhum espaço para uma discussão com elementos racionais sobre os prós e os contras de tal divisão.
Ocorre que o ônus da prova deve ser sempre maior para os que querem mudar. Cabe a eles provar a melhoria que ocorreria, faticamente, para os dois novos estados, assim como para o resto do estado corroído, que continuaria se chamar Pará. Mas isso não ocorreu. Os que defenderam a divisão, não conseguiram (talvez por ser impossível), sequer, demonstrar que a situação do povo dos novos estados criados iria melhorar, menos ainda do Pará "capenga" remanescente...
Me parece que os grandes interessados por essa divisão são os políticos (e agregados), afinal muitos cargos seriam criados, sem contar que, como dificilmente haveria concursos nos primeiros anos, os novos estados seriam grandes receptáculos e depósitos de "cabides" políticos. Difícil ver um amor com motivação maior na defesa pela divisão...
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