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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Problemas com a sonda russa Phobos-Grunt

Terça-feira passada, dia 08, foi um dia muito esperado para os que gostam de Astronomia, ciências e afins. Foi lançada a sonda russa Phobos-Grunt, que faria uma missão até Marte, pousando em uma de suas luas, recolhendo material e retornando à Terra. Essa missão era de grande importância para melhorar o entendimento que temos hoje sobre a formação do sistema solar.
Além disso, os brasileiros estavam em festa, pois teriam a grande chance de testemunhar um evento raro: a queima dos foguetes da sonda ocorreria sobre o Brasil.

Sonda Phobos-Grunt

O lançamento foi, aparentemente, normal e todos ficaram a espera do momento de ver a queima dos foguetes. Aqui na minha cidade estava nublado não havendo a menor chance de ver algo, mas em outros locais do Brasil, binóculos, lunetas e telescópios estavam aguardando o momento.


Vídeo do lançamento da sonda


No momento exato da passagem ninguém conseguiu ver nada e só depois se teve a explicação: um problema fez com que a sonda perdesse toda a comunicação com o centro de controle da missão. Com isso, não houve a queima dos foguetes que a levariam rumo a Marte, deixando-a à deriva na órbita terrestre.
Até o momento os técnicos tentam todas as formas possíveis para sanar o problema, porém sem nenhum resultado.
Uma vez que não consigam, estará perdida a sonda e toda missão.


RISCOS PARA NÓS

Com todo esse fato, uma preocupação nasceu: não havendo possibilidade da recuperação da missão, o que vai acontecer com a sonda errante?
Como a mesma está sem nenhum comando, não se pode fazer nenhuma correção em sua órbita e ela, em algum momento, reentrará na atmosfera.
As primeiras suposições era de que isso correria em 60 dias, mas agora já se fala que seria somente em 2013.
Independente de quando vai cair, o mais grave é que ela está totalmente cheia de combustível, pois os motores não foram acionados. Além, disso caso ela faça a reentrada em determinado ângulo, não vai se desintegrar em pedaços menores como ocorre com outras sondas e satélites, pois ainda está acondicionada no módulo que a impulsionaria. Portanto, uma conclusão nefasta se vislumbra: temos o equivalente à um míssil de 13,7 toneladas, desgovernado, em órbita da terra.
Nesse caso só nos restará ficar na torcida para que caia no oceano ou  num local desabitado e afastado de centros urbanos.

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